Promises de Freedom (O dilema central que atravessa gerações e sistemas de trabalho hoje)

(Por Sonia Abadi, M.D., psicanalista, criadora do modelo Thinking-in-Networks e autora de “Pensamiento en Red: conectando ideas, personas y proyectos” e “La prodigiosa trama. Variaciones en clave de red”.) Este texto aborda uma questão central, profunda, inteiramente prática e crítica hoje. Se não a tratarmos na raiz, grande parte do que segue em cultura, gestão, política, produtividade, mídia, tecnologia e economia pode carecer de fundamento — e de sentido.

(Conteúdo de alto valor estratégico: 6 minutos)

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Projetando o futuro do trabalho — com a inteligência humana.

(Co-criado com o prestigiado RED Beyond e Infonegocios Miami)

Ao final do século XIX, o sociólogo francês Gustave Le Bon, em The Crowd: A Study of the Popular Mind, argumentou que a sociedade ocidental apresentava duas grandes “massas artificiais”: a Igreja e o Exército. Ambas definidas por hierarquias, valores compartilhados, slogans e regras de funcionamento rígidas, além de cláusulas obrigatórias que regiam relações. Em ambos os casos, a lealdade era primordial e a vida familiar enfrentava restrições explícitas ou implícitas — celibato explícito na Igreja e uma versão virtual no Exército.

  1. Provavelmente ele se concentrou nessas duas formas porque corporações modernas ainda não existiam. Hoje, vemos grandes empresas desenhadas com traços emprestados de ambos os modelos: hierarquias, modelos de liderança, visão compartilhada — e restrições à vida pessoal e familiar, seja por demandas de disponibilidade extrema ou por viagens frequentes a negócios.

  2. Essas organizações, sem dúvida, criam um forte senso de pertencimento e contenção, um sistema de certezas que oferece segurança e identidade. As pessoas sabem quem são, quais são as regras, a quem respondem e onde aspiram chegar.

  3. Então, um dia, o sonho de liberdade — ou a ilusão de um novo destino — surge. Às vezes é desencadeado pela falta de reconhecimento, pela perda de significado no trabalho ou pelo desgaste do estresse. A urgência constante, comportamentos enlouquecedores, pressão implacável e a ausência de exercício criativo são outras causas.

  • Alguns percebem que não apenas a qualidade do trabalho está em declínio, mas também a vida familiar e social — e a saúde física e mental. Assim, buscam um papel em outra empresa. Sem perder os benefícios de pertencimento, a ideia é encontrar uma cultura menos estressante, mais aberta, com mais espaço para crescer e melhorar a qualidade de vida.

  • Para outros, surge a ideia de deixar a estrutura — às vezes acontece, outras vezes fica como promessa por cumprir quando “as condições estiverem certas”: quando os filhos terminarem a escola, quando eu tiver minha casa, quando chegar aos cinquenta…

Aspirações que podem se materializar — ou permanecer como fantasias para suportar a realidade ou escapá-la, enquanto se rumina a insatisfação.

  • Não é fácil imaginar uma vida menos roteirizada na qual você precise revisar seus objetivos e interesses todos os dias e escrever suas próprias regras. Muitos estão acostumados com aquele mundo familiar — com suas rotinas, rituais, jargões, dress code, permissões, proibições e transgressões.

  • Sob líderes carismáticos, sentem orgulho de pertencer a uma irmandade com um nome próprio. Acrescentam a marca ao sobrenome como se fosse um sobrenome de casamento: “Sou Juan X de Z”.

  • Como não entender a dor — e a culpa — de separar-se? Fiéis e intrinsecamente unidos, eles lutam para abandonar aquela identidade profunda e aterrissar em ambientes mais incertos.

  • Outros se tornam empreendedores. No ambiente de hoje, os incentivos são tentadores. Criatividade, autonomia e liberdade tornaram-se mais atraentes do que segurança e estabilidade. Muitos — depois de anos de sensação de proteção mas restrição por um papel, um lugar, uma responsabilidade — decidem tentar seu próprio empreendimento.

  • Mas para o empreendedor, um novo mistério se abre — uma busca ansiosa por ideias, oportunidades, interlocutores, parceiros, investidores. E sempre a esperança daquele “projeto salvador” que os tornará bem-sucedidos em um lampejo de sorte e reconhecimento.

  • Eles terão que lidar com vertigem: complexidade, incerteza e velocidade de mudança — sem a proteção de uma estrutura consolidada. Em troca, devem trazer paixão e autodisciplina para construir algo do zero e descobrir onde ancorá-lo e com quem compartilhá-lo.

 

Todos os dias lemos novas histórias de criativos disruptivos que nos estimulam a pular. Profissionais mais jovens priorizam qualidade de vida e um caminho pessoal menos linear e mais diverso. Mas, no sonho empreendedor, mais pessoas acordam expostas aos elementos do que aquelas que constroem mais do que uma casa de cartas.

Sair da zona de conforto não é um desafio sem riscos. Pode ser necessário preparar-se para que não seja um salto no vazio. Muitos fundadores dizem que, no primeiro ano, trabalham à noite e nos fins de semana, mantendo ambos mundos em paralelo até estarem prontos para largar tudo e ir com tudo.

  • Ao mesmo tempo, modelos híbridos estão surgindo: sob o guarda-chuva de uma grande empresa, as pessoas trabalham por projeto — no estilo empreendedor. Nesta convergência, algumas organizações valorizam a flexibilidade, reconhecem habilidades não tradicionais e se ajustam ao que as pessoas precisam.

  • E a tecnologia de comunicações permite que muitas tarefas sejam feitas longe de estruturas formais. Nesse caso, equipes se reúnem através de redes para construir comunidades de aprendizado e co-criação que conectam autonomia com a disposição de colaborar.

  • Em todas as esferas da vida, os humanos lutam entre um desejo de liberdade e a necessidade de compromisso. É um equilíbrio delicado — sentir-se livre enquanto se preserva a estabilidade.

Talvez o trabalho em rede ofereça essa possibilidade: uma zona de bem-estar onde nos sentimos acompanhados sem perder nossa independência. Cada vez mais, isso pode acontecer tanto dentro de empresas ágeis e flexíveis quanto no sonho empreendedor.

 

Prof. Dra. Sonia Abadi

Sou médica, psicanalista e professora universitária. Sempre pesquisei criatividade, inovação e relações humanas. Dou aulas amplamente, no país e no exterior, e publiquei diversos artigos e vários livros em diferentes países. Desenvolvi o modelo Thinking-in-Networks, integrando psicologia, neurociência e a ciência de viver redes. Sou palestrante da Vistage e membro de várias comunidades de mulheres líderes. Falei no TED de Rosário e em conferências Tenaris. Assisto lideranças e estruturas de gestão em empresas e ONGs — sobre inovação, liderança, gestão de crises e a saúde mental de pessoas e equipes.

  • Recebi o prêmio Senado argentino “Gobernador Cresto” como Líder para o Desenvolvimento da América Latina.

  • Também atuo como diretora executiva do Espacio Aguaribay, de Arte, Ciência e Cultura.

  • soniaabadi@gmail.com | @soniaabadienred | www.soniaabadi.com.ar

  • Juncal 4631, 15º D, CABA. Buenos Aires, Argentina | (+54) 11 5016-7381

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