Isto não é apenas uma venda. É uma mudança de paradigma.
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A recente valoração de US$ 4,1 bilhões da McLaren Racing, após a aquisição de 100% de suas ações pela Mumtalakat (Bahrein) e pela CYVN Holdings, não é um evento isolado: é o ápice de uma masterclass em reposicionamento global, expansão transmídia e monetização de experiências imersivas na Fórmula 1.
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O movimento não apenas sublinha a força financeira atual da categoria; estabelece um novo patamar para valuations de equipes na era da economia da atenção.
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A fusão de performance de elite, tecnologia, crossing marketing e experiência imersiva (a era de tornar tudo relevante — sustentada por investimentos desproporcionais).
“A McLaren não corre mais por campeonatos; corre pela atenção do mundo. E, nessa corrida, acaba de largar na pole.”
Contexto histórico: da crise ao domínio global
A McLaren nem sempre foi sinônimo de sucesso. No início dos anos 2020, a equipe batalhava no pelotão intermediário. Sob Zak Brown — um visionário tanto em marketing quanto em gestão esportiva — a McLaren executou uma transformação baseada em:
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Inovação técnica: investimento agressivo em aerodinâmica e simulação via CFD.
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Modelo de negócio híbrido: patrocínios de alto perfil (Google, Mastercard) somados à expansão para categorias como Extreme E e Esports.
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Narrativa emocional: capitalização da história de “azarão” e humanização de pilotos e equipe.
Este renascimento não é apenas esportivo; é um estudo de caso em resiliência organizacional e branding de luxo aplicado ao esporte.
Neuroeconomia e valor percebido: por que a McLaren vale mais do que muitas empresas da Fortune 500
A valoração de US$ 4,1 bilhões não se explica apenas pelos resultados na pista. Ela se ancora em:
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Cultura de dados: analytics avançados sobre engajamento social, valuation de patrocínio por impressões e métricas de audiência global.
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Economia da experiência: a McLaren não vende corridas; vende experiências imersivas (hospitalidade VIP, simuladores, integrações no metaverso).
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Neuromarketing aplicado: narrativas de superação (dopamina), rivalidade (adrenalina) e exclusividade (oxitocina) para fidelizar o fã.
É a primeira equipe de F1 a tratar seu produto não como o carro, mas como a emoção coletiva que ele gera.
O playbook de Zak Brown: o arquiteto da McLaren moderna
Brown não é um diretor esportivo; é um CEO de entretenimento global. Movimentos-chave:
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Diversificação de receitas: bilheteria, merchandise, licenciamento, conteúdo original (McLaren Plus) e parcerias com marcas de luxo.
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Expansão multicategoria: presença em F1, IndyCar, Extreme E e Esports, criando um ecossistema unificado de marca.
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Governança financeira: alavancagem do teto orçamentário para maximizar ROI e atrair investidores institucionais.
A frase de efeito de Brown: “O esporte está em chamas. Não vendemos velocidade; vendemos paixão, tecnologia e acesso a uma comunidade global de elite.”
Mumtalakat e CYVN: por que a F1 supera os mercados tradicionais
A aquisição de 100% por fundos soberanos e especializados não é acaso. A F1 oferece:
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Estabilidade regulatória: graças ao cost cap e a acordos comerciais de longo prazo com a Liberty Media.
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Crescimento exponencial de audiência: 500 milhões de espectadores globais, com penetração crescente nos EUA, no Oriente Médio e na Ásia.
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Sinergias tecnológicas: a F1 como laboratório de P&D para as indústrias automotiva, aeroespacial e de inteligência artificial.
O que vem a seguir: rumo a um modelo de negócios hiper‑integrado (crossing que amplia experiências e categorias)
A McLaren não vai tirar o pé. As próximas fases incluem:
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Expansão para 30 GPs: maximizando taxas de hospedagem e receitas de direitos de mídia.
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Integração OTT: conteúdo exclusivo de streaming — a “Netflix‑ização” do esporte.
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Realidade virtual e metaverso: experiências de corrida totalmente imersivas para fãs remotos.
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McLaren como marca lifestyle: de apparel a carros elétricos homologados para rua.
McLaren como blueprint do futuro do esporte
O que vimos não é apenas uma transação financeira; é a validação de um novo modelo global de negócios esportivos. A McLaren provou que uma equipe de F1 pode ser simultaneamente um ativo tecnológico e uma plataforma de entretenimento multissensorial.
Se você é investidor, marketeer ou estrategista do esporte, este é o momento de estudar o caso McLaren. A F1 deixou de ser “apenas esporte”; é o laboratório mais avançado de marketing de experiência, tecnologia aplicada e gestão de comunidades globais. O futuro do sports entertainment está sendo escrito em asfalto e dados.
Referências recomendadas (para aprofundar):
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Livros: “The Business of F1”, de Simon Chadwick; “Drive: The Story of McLaren”, de Matthew White.
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Especialistas: Zak Brown (McLaren), Chase Carey (ex‑Liberty Media), Pat Symonds (CTO da F1).
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Referenciais acadêmicos: Valoração de ativos intangíveis no esporte; neuromarketing aplicado ao engajamento de fãs.
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